sábado, 7 de setembro de 2013

Desistir ou Prosseguir?

 “Vou desistir do meu casamento, não vale a pena prosseguir”; “Vou desistir do curso que estou fazendo, não serei capaz de concluí-lo”; Vou desistir de lutar por uma sociedade melhor, ninguém mais se importa com isso”; Vou desistir de amar as pessoas, elas são ingratas e hipócritas”; “Vou desistir de respeitar as autoridades, elas fazem tudo errado”; “Vou desistir de meus filhos, já fiz tudo o que tinha que fazer por eles”; “Vou desistir de resistir a promiscuidade, pois, como se diz, a carne é fraca”; “Vou desistir de minha dieta, afinal a morte vem para todos”; “Vou desistir de minhas caminhadas, não ajudam a ganhar dinheiro”; “Vou desistir do Brasil, vou para os Estados Unidos”; “Vou desistir de pagar impostos, já não suporto mais tanto desperdício com a verba pública”; “Vou desistir de crer que um milagre possa ocorrer, o médico já disse que a doença não tem cura”; “Vou desistir de economizar, é impossível vencer os ídolos do consumo” etc.

É verdade que há situações na vida em que precisamos mudar de direção e desistir do que está causando nossa destruição ou adoecimento da alma. Mas, também é verdade que a desistência de alvos justos e nobres pode nos levar a enterrar prematuramente o que poderia vir a ser uma conquista extraordinária num futuro breve ou distante. Aliás, imagine se o homem tivesse desistido de pesquisar e de elaborar e produzir vacinas para combater doenças. Pense na tragédia que seria se o homem tivesse desistido de inventar sistemas de tratamento de água que facilitassem seu uso adequado. Pare para refletir sobre a falta de graça e encantamento que seria a vida se os poetas tivessem desistido de escrever suas poesias e os compositores suas músicas. Considere a tragédia que seria se o homem tivesse desistido de combater ideologias monstruosas e governos e dirigentes infernais. Cogite a situação que teríamos hoje que enfrentar se o homem tivesse desistido de sonhar alto, se o pai de Rafaela Silva e seus professores tivessem de judô tivessem desistido dela e se ela tivesse desistido de lutar pelas tolices que ouviu quando não foi vitoriosa nas Olimpíadas etc.

Finalmente, se Jesus, o Deus que se fez gente, não desistiu de buscar o perdido, nem de amar os excluídos. Se Ele, em figura humana, não desistiu de dar sua própria vida em favor da nossa, temos razões de sobra para não desistir diante das lutas ou decepções, mas, sim, a oportunidade de prosseguir e conquistar, unidos a Ele, o que parecia impossível de ser conquistado. Por isso, prossiga seguindo os passos do Cristo vencedor!


Uéslei Fatareli, rev., ms.