segunda-feira, 16 de novembro de 2009


APAGÃO TAMBÉM ESCLARECE


Em nosso modo de ver, o apagão ocorrido recentemente traz consigo alguns esclarecimentos, tais como:

• Obras humanas são incríveis, mas são limitadas e falíveis;
• Conseguimos muitas coisas ao longo da vida, mas não conseguimos viver sem luz;
• Na escuridão a vida continua para quem possui luz;
• Simples velas ainda são imprescindíveis no oceano tecnológico que vivemos;
• Não fomos criados para viver perdidos em trevas, mas em luz e sob a luz que norteia nosso caminho para o que é justo e bom;
• Um apagão pode nos fazer enxergar melhor o céu e a ter mais respeito pelas estrelas;
• A falta de energia não tem que obrigatoriamente roubar de nós todas as nossas energias;
• O que mais nos incomoda no apagão não é a constatação da ausência de luz, mas é não saber, por parte daqueles que imaginam controlá-la, a razão real de ela ter nos deixado e quando ela voltará;
• No meio de um apagão ainda é possível reascender atitudes humanas que, geralmente, ficam esquecidas nas mais iluminadas avenidas de nossas cidades;
• Se no apagão a quem chegue a dizer: “Deus queira que não haja mais apagão”, isso prova que um apagão pode nos aproximar mais de Deus que é fonte eterna de luz. Aliás, segundo a narrativa do Livro de Gênesis é o Criador dos céus e da terra que ordena: “Haja Luz” e é no Evangelho Segundo João que Jesus, o Senhor e Salvador Eterno, diz: “Eu Sou a Luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, pelo contrário terá a luz da vida.”(Jo 8.12). Desta forma, não importa a dimensão do apagão que estejamos inseridos, há uma luz que pode e que prevalece nas piores escuridões da vida;

Finalmente, mesmo que não desejemos um novo apagão tão cedo, não pensemos que estamos isentos de ter que enfrentá-lo numa outra ocasião. Por isso, não desprezemos a oportunidade que nos é dada diariamente de andar na Luz, Aquela que nos capacita a viver e a ser verdadeiramente livres, mesmo no meio de algum apagão não previsto ou de um mundo marcado por densas trevas.

Soli Deo gloria.

Uéslei Fatareli, rev.
mestre em Ciências da Religião
pela Universidade Presbiteriana Mackenzie

250 MILHÕES PARA COMBATER O CRIME


O Governo Federal com o intuito de combater a violência na cidade do Rio de Janeiro decidiu repassar 250 milhões para a Prefeitura Municipal que é responsável pela administração pública da capital fluminense.

Sem qualquer desmerecimento com a atitude governamental que, mesmo sendo tardia, sinaliza, numa primeira e rápida análise, uma preocupação em reagir em favor de melhorias no que diz respeito à segurança dos cariocas, ficamos a cogitar sobre o que aconteceria à cidade do Rio de Janeiro e a muitas outras cidades brasileiras, se essa mesma diligência e prontidão em investir estivessem sendo aplicadas no campo da educação.

Já houve quem dissesse que o problema da violência no Rio de Janeiro tem suas raízes na década de 1960, ocasião em que o problema da moradia, que não estava sendo tratado com a devida atenção e eficiência por parte do poder executivo, já pré-anunciava futuras desordens sociais.

Ainda que não se deva descartar que a falta do acesso à moradia urbana organizada com a necessária infra-estrutura social e o devido saneamento básico seja um fator que contribui no sentido de favorecer a proliferação da violência, entendemos também, sob uma outra perspectiva, que a falta de maior investimento e de melhor atendimento no que se refere à formação e ao desenvolvimento educacional, cultural, esportivo e profissional, especialmente das crianças e dos jovens, propicia desdobramentos que aceleram a propagação da delinqüência e da decadência moral e econômica nos mais variados núcleos da sociedade urbana.

Não temos dúvida de que a situação da segurança em todo o país merece atenção redobrada. Como é sabido da maioria de nós, tal fato se deve, em grande parte, pela precária situação encontrada nos mais variados setores ligados ao policiamento civil e militar e, também, pela constatação incontestável de haver atualmente uma enorme ausência de elementos humanos, eficientemente habilitados e dignamente assistidos e remunerados, que atuem na nobre e, ao mesmo tempo, difícil tarefa de manter a ordem social com perícia e destemor.

Não obstante, é preciso que tenhamos consciência de que ainda que os investimentos no setor da segurança sejam feitos, não teremos uma sociedade melhor enquanto não promovermos para todos os brasileiros meios educacionais eficazes que cooperem no sentido de dar a eles a condição de exercer carreiras profissionais bem sucedidas, nas quais, por obra da competência e eficiência comprovadamente demonstradas, sejam dignos de justos salários.

Finalmente, se realmente desejamos ser construtores da paz numa sociedade em guerra, precisamos lembrar que necessitamos muito mais do que 250 milhões para combater o crime, carecemos, antes de tudo, junto com a boa educação, perseverar no Caminho da Paz, precisamos conhecer a Verdade que faz de nós pacificadores, precisamos receber a Vida que nos enche o coração de paz, aquela que promove a vida e não a morte. Precisamos de Jesus. Não aquele que foi institucionalizado, não aquele que foi reduzido a um dogma ou a uma data, não aquele que foi trancado nos templos, não aquele que se tornou objeto de meras especulações, mas do Jesus Senhor e Salvador do Universo, Aquele que se fez gente, que recém-nascido foi colocado em manjedoura, que não fez acepção de pessoas, que ensinou, curou, pregou, morreu e ressuscitou e que disse: “Eu Sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida;” (Jo 14.6a). Somente quando o coração do Brasil e de cada brasileiro viver sob o comando deste Jesus, poderemos habitar em cidades maravilhosas, cheias de encantos mil.

Soli Deo gloria.
Uéslei Fatareli, rev.
mestre em Ciências da Religião pela Universidade Mackenzie